7 milhões de mortes por ano são causadas pela poluição do ar
7 milhões de mortes por ano são causadas pela poluição do ar
O dado alarmante é da OMS – Organização Mundial da Saúde (WHO – World Health Organization, em inglês): 7 milhões de pessoas morrem anualmente, no mundo inteiro, devido à poluição do ar.
A OMS usa PM 2.5 como medida de poluição do ar e este é o padrão globalmente adotado para monitoramento da qualidade do ar. PM 2.5 é material particulado fino, composto por vários tipos de partículas sólidas e gotículas líquidas, com tamanho de 2,5 mícrons, menor do que um fio de cabelo.
O material particulado nas cidades é gerado principalmente pelas emissões de veículos, combustíveis sólidos (carvão, madeira ou querosene) usados para energia, aquecimento e cozimento, junto com as emissões industriais e a queima de resíduos.
![Material Particulado: escala das partículas e absorção no corpo humano. (Medicina em Alerta) Poluição do ar: partículas finas (PM 2.5), partículas grossas (PM 10), partículas inaláveis (PM 1), partículas ultrafinas. (Fonte: Medicina em Alerta)](https://medicinaemalerta.com.br/wp-content/uploads/2024/03/3.png)
Material Particulado: escala das partículas e absorção no corpo humano.
Problemas de saúde causados pela exposição a PM 2.5
A exposição às partículas finas PM 2.5 causa e/ou agrava inúmeras condições de saúde, incluindo, mas não se limitando a asma, câncer, AVC, doenças cardíacas e doenças pulmonares. Além disso, a exposição a níveis elevados de partículas finas PM 2.5 pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo em crianças, levar a problemas de saúde mental e complicar doenças existentes, incluindo diabetes.
Megacidades são as mais afetadas com poluição do ar
Desenvolvido pela ONU, o conceito de megacidade faz referência a toda e qualquer aglomeração urbana com população superior a dez milhões de habitantes. O grupo de megacidades envolve as maiores áreas urbanas habitadas do planeta. A maioria delas está em países emergentes e subdesenvolvidos.
Elevados índices de poluição, remoção da vegetação, degradação de cursos d’água e outros aspectos geram problemas ambientais gerais e específicos nas megacidades, tais como as ilhas de calor e a inversão térmica.
Medidas adotadas pelas megacidades para reduzir os níveis de PM 2.5
Um estudo da suíça IQAir mostrou que 21 das 25 megacidades analisadas conseguiram melhorar a qualidade do ar, entre 2017 e 2022, adotando as seguintes medidas:
- Transporte limpo
- Redução de poeira na construção civil
- Indústria com combustíveis mais limpos
- Gerenciamento de resíduos sem queima
- Energia doméstica limpa
- Melhoria na coleta e monitoramento de dados sobre a qualidade do ar
- Investimento financiado
- Cooperação entre regiões causadoras e afetadas
A maioria das cidades do mundo apresenta altos níveis de PM 2.5
![World Air Quality Report 2023, by IQAir, em Medicina em Alerta World Air Quality Report 2023](https://medicinaemalerta.com.br/wp-content/uploads/2024/03/Map-Dashboard.png)
World Air Quality Report 2023, by IQAir
Mais informes
Bebês que vivem em áreas arborizadas têm menor exposição a poluentes
Estudo liderado pela UFRJ comprova a importância da área verde nas cidades para reduzir a exposição a poluentes.
Enchentes, saúde e o imperativo para ação climática
O setor da saúde tem no currículo o combate bem-sucedido contra o tabagismo, sal e açúcar que causaram tantas mortes evitáveis. Agora é a vez de focar na ação climática.
Catástrofes Ambientais, Saúde e Bioética
Como sociedade, governos e instituições, nós subestimamos a Natureza. E não é por falta de reflexão sobre estas questões ambientais, é por falta de sensibilidade.
Solicite uma AIS independente para o projeto da Mina Guaíba
Seis sociedades médicas e duas sociedades da saúde gaúchas emitiram pareceres técnicos solicitando uma Avaliação de Impacto à Saúde (AIS) independente e de acordo com critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o projeto de exploração de carvão mineral da Mina Guaíba-RS (consulte aqui o dossiê) . A AMRIGS (Associação Médica do Rio Grande do Sul) também já se posicionou (leia aqui) sobre os riscos que o projeto da Mina Guaíba pode oferecer à saúde. Junte-se a elas e assine o pedido pela AIS.